PROCURADOR APOSENTADO COBRA DA
OAB/PA UMA CONDENAÇÃO “MAIS FIRME, CLARA E ENFÁTICA” DO ASSASSINATO DO PROMOTOR
FABRÍCIO COUTO
(do ‘site’ da AMPEP/PA)
Discordando da posição da OAB/PA
considerando “um fato isolado” o assassinato do Promotor de Justiça Fabrício
Couto em pleno gabinete de trabalho no Fórum de Marapanim,
o Procurador de Justiça Aposentado e advogado Luiz Ismaelino
Valente encaminhou e-mail ao presidente Ophir
Cavalcante Júnior cobrando uma condenação “mais firme, clara e enfática desse
crime que abalou o Pará”. Eis a íntegra do e-mail:
“Presidente:
Não seja tão tíbio na condenação desse
bárbaro crime que ceifou a vida do Promotor Fabrício Couto.
Não se trata de um fato
"isolado", como o senhor diz. A razão está com o presidente do TJE
Milton Nobre: "Lamentavelmente, é mais um crime cometido contra a Justiça
Na verdade, trata-se de um crime que
atenta contra a própria essência e finalidade da OAB, pois se qualquer um se
achar no direito de resolver à bala suas pendências, não haverá necessidade de
Justiça nem da Ordem dos Advogados, que só se justificam como instituições de
um estado democrático de Direito e não de um Estado sob o império da barbárie.
Não se acanhe em condenar enfaticamente
esse bárbaro crime.
Diga que não é um crime praticado por
advogado: é um crime praticado por um bandido que lamentavelmente tinha uma
carteira de advogado, e que, por isso, não merece, nem por hipótese, qualquer
contemporização.
São 8h30 da manhã de 25/11/2006 e ainda
não vi no site da OAB (estadual ou nacional) sequer a notícia desse bárbaro
crime, apesar de lhe ter enviado ontem à noite e-mail cobrando pelo menos a
divulgação, no site oficial da Ordem, da "nota oficial" que as agências
de notícia dizem ter sido emitida pela OAB/PA.
Tivesse sido o contrário - se um Promotor
ou juiz matasse um advogado dentro do Fórum -, com certeza a Ordem não
esperaria as conclusões do inquérito para fazer o mundo vir abaixo...
Como Procurador de Justiça Aposentado e
como advogado inscrito na OAB/PA ainda espero da
entidade uma condenação mais firme, clara e enfática, desse crime que abalou o
Pará.
Luiz Ismaelino Valente
Procurador de
Justiça Aposentado e Advogado (insc. nº 12.867)”