12/05/2007 - 12h04 - Atualizado em 12/05/2007 - 14h04

Exame da OAB em Goiás é cancelado após descoberta de fraude

 ---da GLOBO.com

 

A PF de Goiás vinha investigando as denúncias há mais de um ano.

A estimativa é que os acusados tenham arrecadado cerca de R$ 3 milhões.
 

A Polícia Federal prendeu neste sábado (12) os integrantes de uma quadrilha acusada de fraudar o exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Goiás. As 11 pessoas presas são acusadas de vender a aprovação no teste por até R$ 10 mil.

 

A segunda fase da prova da OAB-GO, que seria realizada neste domingo (13), foi cancelada.


Entre os presos na Operação Passando a Limpo, estão o presidente e o vice-presidente da comissão responsável pelo exame da ordem.

 

A Polícia Federal informou que a quadrilha trabalhava com dois modos de fraude: ou fornecia a prova com antecedência, para que o candidato comparecesse à prova sabendo as respectivas respostas, ou fornecia uma nova prova, idêntica à oficial, em data posterior à realização do exame, para que o candidato passasse a prova a limpo.

 

A PF de Goiás vinha investigando várias denúncias de fraude há mais de um ano. A estimativa é que os acusados tenham arrecadado cerca de R$ 3 milhões com esse esquema.

 

 A Justiça Federal decretou a prisão de 12 pessoas e expediu 26 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em Goiânia e na cidade de Caldas Novas.

 

A MESMA NOTÍCIA, de outra fonte

 

Sábado, 12 de maio de 2007, 13h42 Atualizada às 19h21

GO: PF prende 11 por fraude em exame da OAB

 -------TERRA

A Policia Federal de Goiás prendeu, na manhã de hoje, 11 pessoas acusadas de fraudar as provas do Exame da Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO). Dentre os detidos, estão cinco funcionários da instituição, incluindo o presidente da comissão do exame, Eládio Augusto Amorim Mesquita, e o vice, Pedro Paulo Guerra de Medeiros, além do tesoureiro, João Bezerra Cavalcante. Eles cobrariam R$ 10 mil por candidato para fraudar as provas.

A Operação Passando a Limpo teve início ainda na madrugada para cumprir 12 mandatos de prisão e 26 de busca e apreensão. As investigações iniciaram há um ano. Segundo o delegado resposável pelo caso, Ires João de Sousa, pelo menos 36 candidatos teriam se beneficiado na fraude em dezembro de 2006. "Eles teriam as licenças cassadas", disse o delegado.

"Temos certeza de que 36 passaram mediante a fraude e outros 80 estão sendo investigados por alguma participação no processo criminoso", esclareceu. A quadrilha agia de duas maneiras. Na primeira fase, o candidato preenchia metade do cartão de resposta, e os funcionários completavam o restante com as respostas certas; na segunda fase, os candidatos recebiam as provas antecipadamente, ou as provas eram trocadas pelos funcionários.

A quadrilha garantiria ao candidato a aprovação no Exame da Ordem mediante o pagamento, em média, de R$ 10 mil. Parte do valor, cerca de R$ 6 mil, seria dividido entre os servidores da instituição responsáveis pela execução da fraude. Estima-se que a quadrilha arrecadou R$ 3 milhões em um ano.

"Vamos agir com firmeza, esperar o resultado das investigações para determinar o que será feito dentro da Ordem", afirmou o presidente da OAB-GO, Miguel Cançado. "Eu determinei que seja suspensa a prova para que sejam feitas todas as apurações, não há data prevista para nova prova ainda", disse o advogado.

Os detidos estão na delegacia da PF em Goiânia e responderão por corrupção ativa e passiva, crimes contra a administração pública, falsificação de documento público, destruição de documento público, inserção de dados falsos em sistema de informação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Os candidatos que se beneficiaram também responderão a processos.